quinta-feira, 12 de agosto de 2010 1 comentários



Olha, o que fode com tudo, SEMPRE, é a mania de as pessoas acharem que existe um jeito certo e errado de se viver. Eu sou super adepta da frase: "Não existe certo e errado, existe o que é melhor pra você". As pessoas insistem em dizer o que você deveria fazer, deveria ser, insistem em querer com que todos vivam como você vive. Na boa, imagina se todo mundo se vestisse igual, falasse igual, agisse igual, fosse sempre aos mesmos lugares... qual seria o mistério da vida e o gosto em se viver? O legal da vida é saber que você é um ser único. Se todo mundo fosse igual, essa vida seria uma porra. Ponto.
Nem sempre o que é bom pra mim, é pra você e vice-versa, e a gente, mesmo que não concorde, tem que aceitar e respeitar, porque, a menos que você seja manipulável, você não vai mudar.
Então, meu povo, vamos viver nossa vida, olhar mais pra nossa vida e deixar que os outros vivam a deles em paz, do jeito que é certo pra eles... o tempo passa tão rápido que quando você for ver, pá, já foi. Aliás, você não vai ver. Ou sim, né? vai saber...

carla guimarães
sexta-feira, 6 de agosto de 2010 0 comentários

"Tenho amigos que...



...não sabem o quanto são meus amigos, não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências .. a alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem .
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida."

(Vinícius de Moraes)
quarta-feira, 4 de agosto de 2010 0 comentários

"Num deserto de almas também desertas..."



Nunca consegui, embora muito tenha tentado, colocar pra fora de mim todo esse turbilhão de sentimentos que insistem em pulsar incessantemente dentro de mim.
É incrível a capacidade que temos de, às vezes, olharmos através de outro ser, mas é incrivel a capacidade de não conseguirmos enxergar o ser que habita dentro de nós mesmos. Um ser oculto. Um ser mutável, maleável, volúvel. Talvez seja justamente por isso que se torna invisível aos nossos próprios olhos.
Não me surpreendo mais comigo mesma quando começo a colocar esse outro ser que há dentro de mim, pra fora, e, de repente, ele pára, ele desiste de sair, ele volta, se esconde, se tranca, tem medo e se cala. Ele teme o mundo e o mundo o desconhece. Mas ele sente-se extremamente seguro e feliz quando, ao sair do seu mundinho, descobre outro ser capaz de entender tudo o que ele sente.


"Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra".

carla guimarães
 
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