quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 0 comentários
Uma coisa bacana pra caramba é saber que em algum momento eu já fui o ombro pra alguém.
Olá, galere. Eu sei que já faz bastante tempo que não escrevo, é que sei lá, é mais fácil escrever da solidão e na solidão. Não sou mais sozinha, embora um lado meu ainda seja, mas acho que desaprendi um pouco isso de cuspir toda a tristeza e etc em palavras. Acho engraçado, escrever foi sempre a minha forma de desabafar a vida toda, mas tenho achado bom (e ruim) não saber mais o que dizer, parece que perdi o motivo para isso. É bom. Mas eu gostava de escrever, gostava de ver quando alguém se identificava com o que eu dizia. Bem, alguém pode se identificar agora. Sei que não sou a única que agora vê o desabafo em palavras como uma coisa sem peso, uma coisa a se fazer de vez em quando, mesmo que não saiba o que dizer, como agora, e não mais como uma necessidade de gritar em silêncio tudo aquilo que tá por dentro. Andei pensando, e não é difícil imaginar sobre o que. Andei pensando em tudo e todos. Mas engraçado, dessa vez pensei com menos tristeza e mais alegria, porque, vei, pessoas lindas, lindíssimas passaram pela minha vida e ainda passam. Pessoas cheias de histórias. Pessoas legais. E andei pensando que uma coisa bacana pra caramba é saber que em algum momento eu já fui o ombro de alguém. Fiz muitos melhores amigos ao longo da minha vida, que tem apenas 19 anos de existência. E foram pessoas diferentes, isso é legal. Mas todas tinham uma coisa que doía por dentro e eu conheci suas dores. Acho isso bacana pra caramba. Não a dor, mas sim a abertura pra que eu conhecesse essa dor. Sentir-se útil é bom, mas não pra inflar meu ego, não pra me sentir importante (isso também, não nego), mas ajudar de alguma forma é uma coisa boa, engrandece, mas não querendo engrandecer para os outros enxergarem isso, mas engrandecer pra si. Também tive amigos e também tive colegas e em alguns momentos, alguns deles me mostraram quem eram de verdade, além de quem queriam ser, ou de quem pensavam que eram, ou de quem os outros pensavam que eram, ou além de todas as outras faces que todos nós temos. Mergulhar dentro do outro é uma experiência incrível, não tenham medo. Alguns mares podem assustar, podem haver alguns monstros, podem haver alguns belos peixes, podem haver algumas tempestades marítimas e até um Titanic afundado, guardando memórias, sentimentos, pessoas, mas isso imagino que todos nós temos e teremos pra sempre. Mergulhar no outro é legal, eu gosto, eu não ligo que venham falar comigo quando precisam, aliás, eu até prefiro. Acho que é assim que se vive um pouco pra sempre na vida de cada um que passou pela sua vida.
 
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