quarta-feira, 26 de outubro de 2011 2 comentários
Às vezes tenho uma visão meio psicóloga das pessoas ao meu redor. Eu sei um monte de coisas delas, mas elas não sabem que eu sei. Eu observo muito. Eu posso ser a mais dispersa pra lembrar que roupa você tava usando ontem, que tênis você estava calçando ou que brinco tinha na orelha, mas eu consigo ver olhares e sentir sensações. Até através do meio virtual. Às vezes isso é ruim, porque quando alguém me machuca de qualquer forma, eu sempre busco justificativas pra aquilo e sempre acho que não devo ir embora, devo ficar, porque eu quero carregar um pouquinho da dor que a outra pessoa carrega, pra tirar um pouco o peso que ela traz. Eu queria que fizessem isso comigo também.
Eu fico observando olhares, gestos, palavras, inclusive a falta delas. Vocês sabem que é no silêncio que mais se fala? Num abraço você é capaz de entender tudo. Talvez não entenda, mas sinta. Abraços são importantes em momentos de tristeza. Abraços possuem o poder de fazer o que eu disse agora a pouco: tirar um pouco da dor da outra pessoa e trazer pra si, pra dividir, sabe?
Muitas vezes as pessoas não me dizem nada, mas eu sei. E eu queria que me dissessem, porque eu queria ajudar. Tudo bem, eu posso ajudar sem que me diga, mas eu queria que contassem comigo, porque podem, entende?
Olhares não são difíceis de codificar, o problema é que as pessoas não querem observar, não têm mais tempo pra isso, não se importam. Gestos também não são. Quantas vezes você agiu de uma forma e interpretaram de outra? Quantas vezes já confundiram seu momento de tristeza com raiva? Seu momento de desabafo com fúria ou rebeldia? seu sorriso com felicidade? As pessoas não são tão difíceis de descobrir, é que existem muito poucas pessoas dispostas a isso.
Eu sei que vocês já engoliram o choro muitas vezes. Eu sei que vocês já fizeram piadinhas pra disfarçar a tristeza. Eu sei que vocês já mentiram dizendo que estava tudo bem. Eu sei que por dentro tem algo que os fere. Eu sei que vocês têm medo. Sei que por dentro há algo que vocês esperam que morra, mas só adormece. Sei que hora ou outra vocês sempre choram pelas mesmas coisas. Eu sei que às vezes vocês acham que as coisas não vão dar certo. Que as pessoas foram embora. Que as coisas acabaram. Que os laços romperam. Eu sei que vocês sorriem chorando por dentro. Sei que vocês bebem pra esquecer os problemas. (E sei que quando o efeito passa, os problemas voltam piores). Eu sei que vocês têm vontade de gritar e gritam com a cabeça no travesseiro. Sei muito bem que vocês já tiveram ou ainda têm o coração partido e que acham que ele nunca vai ser colado novamente. E eu sei que ele vai. Eu sei que vocês acham felicidade utopia. Eu sei que vocês deitam a cabeça no travesseiro de noite e pensam na vida. Sei até que hora ou outra escorre uma lágrima. Eu sei que vocês sentem saudade. Que vocês esperam que momentos se repitam. Que vocês querem esquecer alguma coisa. Que vocês queriam dizer muitas coisas para algumas pessoas, mas que se limitam. Sei que vocês deixam pra amanhã o "eu te amo". Sei que vocês deixam pra amanhã o "me perdoe". Eu sei que vocês no fundo acreditam no final feliz. Sei que no fundo vocês acreditam em vocês mesmos e sei que às vezes o medo impede que vocês vejam isso.
Eu sei que vocês se trancam num mundinho particular. Precisar de alguém não é vergonha e nem sinônimo de fraqueza, é querer não ser só seu e ser de mais alguém ou mais alguns. É ter um pedaço de si por aí, em outros corpos, em outros corações. Eu sei que vocês guardam isso tudo dentro de vocês. Eu também.
domingo, 7 de agosto de 2011 1 comentários

Sempre quis ter a atenção exclusivamente pra mim de todos que eu gostava. E esse foi sempre o meu maior e mais frequente erro. Ser sempre a segunda, terceira ou quarta opção daqueles que sempre foram as suas primeiras é algo com a qual eu nunca consegui acostumar, aceitar e lidar. Eu não sei competir, não me acho capaz, declaro derrota antes do tempo. Isso com relação às pessoas. Tenho medo e me afasto, é automático, não é por querer, é por defesa. Sempre acabo deixando longe quem eu gosto, acho que é pra evitar a dor de ser deixada. O problema é que eu sou sempre deixada bem antes. Ou o problema é que eu não percebo como vou deixando as pessoas, e então paro pra perceber quando elas começam a me deixar. Recuo, sempre que vejo que tô perdendo espaço. É só isso.

terça-feira, 2 de agosto de 2011 0 comentários

desabafo pra ninguém

Véi, às vezes eu canso das pessoas, sério mesmo. É todo mundo tão igual, é todo mundo tão preocupado em dizer se você é certo ou errado, se você é bonito ou feio, se você é isso ou aquilo. Sabe, é todo mundo tão afim de criticar as outras (e to sendo hipócrita porque também critico e estou criticando agora) e, sei lá, não param pra olhar pro próprio nariz. Eu tô cada vez mais desacreditando de tudo e todos. A galere ae se acha o fodão porque esnoba alguém, porque conta uma piadinha engraçada, porque, aah, porque são um bando de imbecis. pronto.
Gente que um dia fala com você no msn e no outro dia passa por você e não te olha nem na cara. Gente que um dia te pede um favor e no outro nem sabe que você existe. Gente que um dia diz que gosta de você e no outro tá mandando você ir pra pqp. Gente que sorri pra você e logo na frente vai falar mal de você pra outra pessoa. É. Essa gente que te abraça pensando no quão otário você é. Gente que te pede pra esperar, e que não aparece. Gente que você pensa que liga pra você, mas te esquece.
E não, isso não é indireta nenhuma. Só tô afim de falar mesmo, porque hoje é 2 de agosto, porque são 4:30 da manhã, porque eu tô aqui deitada no escuro, na frente de um computador e pensando no mundo. Pura babaquice, mas eu queria dizer. Tchau.

quinta-feira, 21 de julho de 2011 0 comentários


Já fui sonhadora, já fui revoltada, já fui boba, burra, birrenta e brincalhona. Já quis dar a volta ao mundo, já quis fugir de casa. Já chorei por quem não merecia, já fiz alguém que não merecia, chorar. Já bati e apanhei. Já beijei e abracei. Já sorri e chorei. Já cuidei, já comprei brigas, já virei noites no msn. Já quis voar e já quis sumir. Hoje eu não sou quase nada. Hoje eu não acredito em quase nada. Hoje eu não quero quase nada. Me tornei vazia, porque um dia já fui cheia demais...

sábado, 4 de junho de 2011 2 comentários

saudade

Alinhar ao centro
E de repente tudo me pareceu tão estranho. Olho as fotos das pessoas que passaram pela minha vida (e que eu não tirei de mim, que fique claro), olho textos escritos, olho bilhetinhos trocados, olho mensagens, rabiscos... recordações. De repente é como se uma mão segurasse firme o meu coração e o apertasse, é assim quando me lembro de algumas pessoas, é assim: me encho de saudade. É tão estranho olhar como desconhecido alguém que você tanto conheceu e que tanto conheceu você. Acho que nunca me acostumarei com essa história de ir perdendo pessoas pela vida. Eu não sei fechar ciclos e não sei mesmo. Se você é importante pra mim, você não terá um ponto final, você será uma frase não terminada, um texto que não ficou pronto. Você será sempre um parágrafo em aberto na minha história, porque esperarei que você volte pra continuar o texto da minha vida, que será com você, até o fim. Se você é alguém que marcou pra mim, você vai viver em mim pra sempre, ainda que não te lembre todos os dias, ainda que tu não me lembres todos os dias, ainda que nunca mais nos falemos ou que não voltemos a nos ver. Não consigo formatar meu coração e apagar os importantes de mim. E isso é bom. E isso é ruim. É ruim porque sempre esperarei a volta daqueles que se foram, é ruim porque dificilmente eles voltarão. Saudade é o pior dos sentimentos e você que me lê sabe disso. Saudade te faz lembrar como foi bom algo que te aconteceu, mas te maltrata fazendo com que você queira voltar no tempo, e o tempo não volta. O tempo não para. O tempo corre, a gente corre, as pessoas correm e muitas vezes, pra longe. Saudade te machuca te fazendo lembrar de algo que te fazia bem e que hoje já não faz, porque acabou. Saudade fere te mostrando um passado que ficou no passado, que não é mais presente e que dificilmente será futuro. Saudade aperta teu peito querendo reviver tudo de novo e sem poder. Saudade te machuca, te fere, te aperta o peito, mas a saudade te mostra o quão importante é viver cada momento presente, viver da melhor maneira, viver pra poder sentir saudade depois, ainda que doa.


carla guimarães
terça-feira, 19 de abril de 2011 0 comentários



Me perdoe pela maneira como eu grito e culpo quem tiver perto por uma angústia que sempre foi e será só minha, e que eu sempre suporto, mas quando sinto amor fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo, que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você, que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo.

Tati B.
sábado, 16 de abril de 2011 2 comentários



'O silêncio não é tão ruim,
até eu olhar para as minhas mãos e me sentir triste,
Porque os espaços entre os dedos
São bem onde os seus se encaixam perfeitamente.'

segunda-feira, 28 de março de 2011 0 comentários


infinito
in.fi.ni.to
adj (lat infinitu) 1 Que não é finito, que não tem limites, nem medida. 2 Sem fim, eterno. 3 Muito grande em extensão, em duração, em intensidade. 4 Inumerável. 5 Gram V infinitivo. sm 1 O que não tem limites; o absoluto. 2 A idéia das coisas infinitas. 3 Gram V infinitivo. (A N.G.B. adota somente infinitivo.) Ao infinito: interminavelmente; sem nunca acabar, sem fim.

sexta-feira, 11 de março de 2011 1 comentários



Deixa eu te dizer, antes de ir embora, o tanto de espaço que você ocupa na minha vida. Você chegou e preencheu todo esse vazio que eu tinha aqui, bem dentro de mim. Você veio de forma tão imensa e forte, que bastou você pra me completar. Você ocupou os espaços vazios, os espaços que sangravam, os espaços cicatrizados, você levou tudo de ruim embora e que voltará bem mais forte caso você um dia se vá. Deixa eu te dizer, antes que volte pra casa, que você consegue me salvar de todos os fantasmas que me assolam, me salvar, inclusive, de mim mesma. Você precisa saber, então me deixe dizer que se olho pra trás vejo como se fosse certo que te encontraria. Olho agora e me vejo tão cheia e olho o amanhã e não me vejo sem você comigo. Você ocupou tanto espaço em mim, que se tornou parte do meu eu. Deixa eu te dizer... Deixa antes que eu vá e te deixe somente com um "Adeus, nos vemos em breve!".

carla guimarães
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 2 comentários



Oi, você, estranho, que sempre aparece em ocasiões especiais, importantes e cruciais na minha vida e na vida de todas as pessoas. Quero, agora, falar com você. Assim, frente a frente. Para isso, peço que saia de mim para poder ouvir tudo o que eu tenho a te falar. Bom, assim está melhor. Se não saísse, conseguiria dizer, mas não conseguiria mostrar a esse outro possível estranho que nos vê falar, agora. Mas enfim, deixando esse lero-lero pra lá, quero te contar algumas lembranças. Lembro que quando eu nasci, eu chorei porque vi o desconhecido, e então você tava lá comigo. Teve aquela vez, também, que eu comecei a dar os primeiros passos, lembra? Você estava tão presente naquele momento. Você quase não me deixava aprender a andar, po. Sabe quando meus dentes ficavam moles e você vinha e me impedia de arrancá-los? No final eu sempre te vencia, mas enfim... você esteve lá. Dia desses tava lembrando também de como você me abraçava quando eu via minha mãe saindo pra trabalhar e pensava que ela iria me deixar sozinha, abandonada e nunca voltaria. Ela sempre voltava e você ia embora. Foi assim também quando eu comecei a estudar. Você me acompanhou no primeiro dia de aula. Era tudo tão estranho, tão novo. Mas tinha vezes que eu te desafiava e te expulsava, você lembra? É, eu fui muito valentona em alguns momentos. Como naquele 31 de agosto, na chuva, que você se aproximou de mim e quase me fez ir embora, mas eu que te mandei embora. E você foi. E eu fiquei e como foi bom ter ficado e ter te mandado ir dormir. Em 2008, quando eu mudei de colégio, você também quis ir comigo no 1º dia de aula, mas eu não deixei. Aliás, você até foi comigo, mas se perdeu de mim algumas vezes. Nos vestibulares você começou a fazer as provas comigo e depois foi obrigado (por mim) a sair. Tava só me atrapalhando. Quem não ajuda, também não atrapalha, né, colega? Tô rindo agora, lembrando das vezes que minha mãe brigava comigo e me dava umas chineladas e você vinha, pegava na minha mão e fazia eu me trancar no banheiro até a raiva dela passar. hahaha agora é engraçado, não é? naquele momento você não me deixava ver essa graça toda, seu bonito. E agora estamos você e eu, de novo, cara a cara. Aquela mesma sensação de quando nasci. Chorei vendo o desconhecido e me sentindo frágil, insegura, desprotegida. Pois é, me vejo na mesma situação e você tá de novo comigo. E em todas essas fases de mudança, você vem e me segura firme pela mão. Eu vou e sei que você vai comigo e vai me acompanhar, ainda, em vários momentos da minha vida, assim como na de todas as outras pessoas, mas, agora, te peço que adormeça. Adormeça, ainda que não seja pra sempre, ainda que seja só por enquanto, mas dorme. 'Dorme, Medo Meu.'

carla guimarães
domingo, 20 de fevereiro de 2011 0 comentários



E eu, que tanto tinha pra falar, me vejo aqui, engolida pelo nada e sozinha com o silêncio. Tanto tinha pra falar, que não falo nada. As palavras me esmagam, me sufocam. E elas são tantas que não cabem dentro de mim, mas são tantas que não conseguem sair todas de uma vez só. E vou eu, deixando escapá-las aos poucos, como quem acha que quem as lê soltas, consegue entender a complexidade que cada uma delas carrega. Palavras esperando para serem ditas, esperando serem compreendidas. Compreenda-as. Compreenda-me.

carla guimarães
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011 3 comentários

O que eu tô querendo dizer...



...é que eu entendo o que é se sentir a menor e a mais insignificante das criaturas do mundo, e isso faz você sentir dores em lugares que nem sabia que existiam no corpo. E não importa quantas coisas eu faça, quantas bebidas eu tome, quantas vezes vou ficar sem comer; eu ainda vou pra cama toda noite pensando em cada detalhe, imaginando o que fiz de errado ou como pude ter interpretado mal, e como foi que por um breve momento eu achei que poderia ser tão feliz. E depois de tudo isso, demore o tempo que tem que demorar, eu vou pra um lugar novo, vou conhecer pessoas novas que vão fazer eu me valorizar, e um pedacinho da minha alma vai finalmente poder voltar. E aquela época turva, aqueles anos que eu desperdicei, tudo isso começa a se dissipar.

(O amor não tira férias)
terça-feira, 11 de janeiro de 2011 1 comentários

Se você soubesse...



... o estado que estou agora, zumbi, pegando detalhes seus por aqui, e doendo tanto que nem sei mais por onde começar. Eu não aguento mais começar. Queria tanto continuar. Não sei, não aguento, ainda não posso, mas queria continuar. Alguma coisa deu errado em mim, eu não sei te explicar e eu não sei como arrumar e nem sei se tem ajuda pra isso. Mas meu corpo inteiro se revolta quando gosto de alguém. Me armo inteira pra correr pra bem longe e pra lutar com unhas gigantes quem tentar impedir. Me mata constatar como é ridículo ficar com saudade só de você ir tomar banho. Ter que sentir ciúme ou mágoa ou solidão e sorrir para não ser louca. Eu sinto de um tamanho que eu não tenho e então começo a adoecer, como sempre. Eu não sou louca, eu só não tenho pele pra proteger e quando você toca em mim eu sinto seus dedos e olhos e salivas deslizando por todos os meus órgãos. E você não precisa entender o medo que isso dá, mas talvez um dia possa ter carinho. [...] Me perdoe pela maneira como eu grito e culpo quem tiver perto por uma angustia que sempre foi e será só minha, e que eu sempre suporto, mas quando sinto amor fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo, que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você, que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma. Enfim. Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói. Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs com o iogurte que eu odeio mas que é a única coisa que passa pela garganta quando o dia tem que começar. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém. E que se foda o amor próprio. Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri levantando que nem criança o lábio superior direito e como eu gosto de você por isso e por tudo, e mesmo quando é ruim, e sempre quando é incrível, e ainda, e muito, e por um bom tempo.

Tati Bernardi
 
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